Gestão da Inovação

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Ciclo de Vida de Produto e Serviços

Qualquer produto ou serviço obedece ciclos de maturação bem definidos que vão desde sua motivação na fase de business plan, pesquisa

Seguido por desenvolvimento, lançamento, evoluindo para adoção onde alcança a maturidade até seu desaparecimento ou substituição. 

Portanto, para simplificar o gerenciamento do portfólio de produtos e serviços o ciclo foi dividido em etapas relacionadas: 

FASE DE LANÇAMENTO 

Nessa fase produtos e serviços ainda tem que provar que a “proposta de valor” e o posicionamento sobre o qual foram concebidos realmente serão percebidos pelo segmento de mercado e respectivos clientes. Existe a possibilidade de não “vingarem”. Nesse caso, simplesmente aceite como uma consequência natural do empreendedorismo.

Toda inovação ou renovação passa obrigatoriamente por um “abismo”. Se conseguirem se provar, ou seja, pular o abismo da inovação, seguem para as próximas fases conforme seu amadurecimento natural. 

Independente do sucesso, antes de empreender certifique-se que o business plan foi construído sobre premissas realistas e factuais. Uma tática eficiente é submetê-lo para aprovação de um comitê multidisciplinar composto por especialistas de várias áreas da empresa, consultores e clientes. 

Se as bases do business plan forem sólidas, os riscos serão mitigados ainda na fase de planejamento e a chance de sucesso muito maior. Por isso, o entusiasmo do comitê ratificador deverá superar o ceticismo.

O “business plan” deverá conter no mínimo: 

  1. Uma análise de mercado quantitativa e qualitativa para verificar se existe oportunidade e qual o tamanho. Listar as barreiras de entrada
  2. Posicionamento (proposta de valor) e mensagens para cada público alvo
  3. Identificar canais de vendas e parcerias estratégicas com melhor relacionamento com público alvo 
  4. Análise de precificação com ponto de equilíbrio justificando o capital investido versus retorno esperado
  5. Aderência às estratégias da empresa. Por isso é importante verificar se existe estrutura, recursos humanos e financeiros previstos em orçamento
  6. Análise dos concorrentes e principais diferenciais – “silver bullets”
  7. Finalmente. Calcule os custos e o impacto no EBITDA da empresa ao longo do tempo

VELOCIDADE NA ADOÇÃO 

A adoção depende de alguns fatores relacionados às barreiras que o produto irá enfrentar ao longo do caminho após seu lançamento.

Produtos e serviços inovadores que modificam um determinado comportamento de consumo levam mais tempo para serem adotados já que não existe uma demanda específica. Portanto, a geração de demanda, deverá ser articulada e gerada através de campanhas conceituais, aspiracionais que, além de caras, não surtem efeito imediato. 

As (re)novações com incremento de funcionalidades e alterações no design tem adoção mais rápida. Os consumidores esperam que as empresas renovem progressivamente seus produtos e serviços. 

O portfólio de produtos e serviços reforça o posicionamento da empresa. Portanto isso também tem impacto determinante no futuro da marca que poderá ou não ser reconhecida por sua inovação. Marca sem inovação, morre! 

CADA FASE ESTÁ ASSOCIADA A UM PERFIL DE CLIENTE

ENTUSIASTAS

Na fase de introdução ou lançamento de um novo produto, os chamados “early adopters” e entusiastas são os que compram primeiro. Na maioria das vezes, não sabem muito bem o motivo que explicaria o motivo da compra, mas ao mesmo tempo, fazem fila na porta das lojas no lançamento. Por isso, esse pequeno grupo normalmente é quem determina o sucesso ou a miséria do produtos ou serviço recém introduzido no mercado. Através de seus “reviews”em blogs e sites especializados detalham sua experiência recomendando, ou não, para os clientes que entram na fase seguinte.

 

VISIONÁRIOS

O segundo grupo é formado pelos visionários, que é um pouco maior que o anterior. A diferença está em como encaram as inovações. Assim os visionários pensam em como vão utilizá-las para ganhar competitividade contra seus concorrentes. Vêem como oportunidade de diferenciá-los por meio da inovação.

Diferente dos entusiastas a compra é racional e geralmente associada a uma idéia ou conceito mais abrangente. Uma nova tecnologia por exemplo pode não fazer sentido para o consumidor se não for associada a um produto ou serviço que já tenha sua demanda estabelecida. Portanto, os visionários também são grandes investidores de “start ups” com ideias que podem se transformar em produtos. 

 

PRAGMÁTICOS 

Este grupo também é um pouco maior que o anterior. A diferença está em como encaram as inovações. Por isso os pragmáticos adotam a inovação somente depois de ser comprovado que um determinado produto ou serviço possui um histórico de sucesso e principalmente a promessa se transforme em algo útil que facilite seu dia a dia. 

 

CONSERVADORES 

Este grupo é formado por consumidores conservadores. São os últimos a entrarem no mercado e não admitem riscos. Eles esperam que as tecnologias geralmente aplicadas às inovações estejam 100% testadas e adotadas. Nessa fase, os custos já estão bem reduzidos e diluídos pelo volume, facilitando a adoção. 

Esse grupo também tem característica “tradicionalista”. Na prática não mudam de marca ou produto independente da sedução oferecida pelas campanhas de marketing e comunicação. 

 

CÉTICOS OU RETARDATÁRIOS

Esse grupo não gosta de experimentar novidades e não seguem modismos. Por isso são muito arredios à mudança, compram sempre da mesma forma e só adotam a inovação quando não há outra alternativa.