Plano financeiro, Orçamento e Fluxo de Caixa. Em que fase do Planejamento Estratégico entra o orçamento?

As revisões sistemáticas, de preferência mensais, do orçamento representam o único instrumento de mensuração sobre a evolução e o impacto do planejamento estratégico na vida da empresa, portanto, não existe planejamento estratégico sem a orientação de um orçamento detalhado para o ano fiscal. O orçamento é o que determinará o foco, as prioridades e principalmente […]

As revisões sistemáticas, de preferência mensais, do orçamento representam o único instrumento de mensuração sobre a evolução e o impacto do planejamento estratégico na vida da empresa, portanto, não existe planejamento estratégico sem a orientação de um orçamento detalhado para o ano fiscal.

O orçamento é o que determinará o foco, as prioridades e principalmente o ritmo de execução do plano.

O orçamento anual também quantifica a exigência de capital de giro para financiar a operação desde a compra de insumos, sua transformação, tempo que ficará no estoque até a venda e finalmente receber o pagamento pelo cliente que também financia a compra. Os ciclos financeiro e operacional determinarão o volume de capital de giro exigido.

Para empresas de serviços onde o ciclo de vendas é mais longo, mensurar o capital de giro é ainda mais imprescindível pelos riscos de, por exemplo, atrasos, inadimplência ou ruptura de contratos recorrentes, que além da perda da receita, geram indenizações trabalhistas.

O orçamento orienta sobre as fontes de captação de recursos financeiros para capital de giro, que podem ser através de duas naturezas: de terceiros como o banco, por exemplo, ou própria através dos sócios.

Uma vez iniciado o ano fiscal, o desafio passa a ser o gerenciamento austero sobre o consumo do capital de giro. O gestor financeiro deverá, obrigatoriamente, observar dia-a-dia o fluxo de capital de giro 30 / 60 / 90 dias adiante para que possa contornar eventuais déficits compatibilizando o contas a pagar e receber. Não é tolerável frustrações de fluxo de caixa.

Ambos orçamento e gestão de capital de giro são as maiores causas de morte prematura de empresas, portanto, sua gestão é essencial para perpetuação.

Gestores financeiros despreparados tecnicamente confundem gestão financeira com administração de contas a pagar e receber.

Infelizmente, por negligenciarem a gestão do fluxo de caixa que deve ser feita dia a dia, comprometem a saúde da empresa de forma irreversível, e que invariavelmente quebra especificamente por transformar o recurso que era destinado ao capital de giro em dívida.

O orçamento combina cinco grupos de dados que também são indicadores. A análise do DRE é feita de forma horizontal, relacionando custos e despesas com o faturamento, e vertical, que relaciona custos e despesas no tempo.

DRE - demonstrativo de resultados
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O objetivo da análise é observar tendências e principalmente tomar decisões corretivas ou de manutenção:

  1. Fontes de receita: reconhecidas, recorrentes e novas.
  2. Custos: que são essenciais para precificação de produtos e serviços.
  3. Margem de contribuição: que determina a rentabilidade.
  4. Despesas: que devem ser racionalizadas e controladas para que o lucro combinado seja entregue aos acionistas.
  5. Geração de caixa.
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Qual impacto da negligência sobre esse tema?

Empresa sem orçamento não tem estratégia. Como não tem objetivo financeiro definido, não conseguem mensurar sua exigência de capital de giro para financiar a operação.

Sem capital de giro a empresa frustra constantemente o fluxo de caixa que exige aportes constantes do empreendedor para cobrir buracos.

O dinheiro que seria reservado especificamente para capital de giro se transforma em dívida e mais juros. Esse “looping” exige cada vez mais e mais aportes e, finalmente, sem excessão, a empresa quebra por insolvência. 

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