Como definir a geração de caixa EBITDA que se pretende alcançar?

Uma operação saudável e sustentável progride ao longo dos anos sem passar por turbulências. Ela consegue financiar suas vendas a prazo e garantir a margem de contribuição suficiente para pagar suas despesas fixas e despesas financeiras ( que são aquelas que remuneram o capital de giro tomado de sócios ou de terceiro exclusivamente para financiar […]

Uma operação saudável e sustentável progride ao longo dos anos sem passar por turbulências. Ela consegue financiar suas vendas a prazo e garantir a margem de contribuição suficiente para pagar suas despesas fixas e despesas financeiras ( que são aquelas que remuneram o capital de giro tomado de sócios ou de terceiro exclusivamente para financiar a operação ) e ainda é capaz de gerar caixa conforme combinado com os acionista pelo planejamento orçamentário ratificado no inicio do ano fiscal.

A capacidade de gerar caixa também determina o “pulmão” da empresa que representa sua capacidade de continuar investindo em projetos estratégicos, inovando produtos e serviços que para o futuro, representarão novas fontes de receitas formando um ciclo virtuoso de perpetuação da empresa. 

No final do ano fiscal, apurados os resultados, parte da geração do caixa deverá remunerar os acionistas na forma de dividendos. Outra parte deverá remunerar os líderes e diretores na forma de bônus. 

A terceira parte deverá compor o caixa para financiar a operação na forma de capital de giro e também financiar os projetos estratégicos que serão executados ao longo do próximo ano fiscal. Lembre-se que projetos estratégicos tem impacto direto no EBITDA futuro. Por exemplo: compra de equipamentos, aumento da capacidade produtiva, aquisição de empresas com competências complementares, contratação de um profissional com competências específicas. 

A capacidade da empresa em gerar caixa deverá ser mensurada através da sua própria operação, sem contar com outros tipos de receitas que não sejam exclusivamente provenientes de sua atividade como: valorização do dólar, prêmios de fornecedores, engenharia financeira, fiscal e tributária. 

Sempre que houver uma necessidade de engenharia financeira, ou de mudança de estado para se aproveitar de um programa de incentivos regional ou ainda contratar funcionários fora do regime CLT para justificar determinados salários, é um sinal que algum problema crônico existe na essência da empresa.

Toda empresa deve ser construída tendo em vista o mercado de capitais. Na prática, todo empreendimento deverá ser construído para ser vendido no futuro o que justifica o cuidado com a gestão e com a geração de caixa. 

Existem empreendedores de curto prazo. Aqueles que constroem uma empresa pensando apenas no seu salário mensal, pensam apenas nas despesas. Sem visão de futuro nem estratégia, nunca investem. A descontinuidade da empresa é o destino para essa categoria de empreendedor!

O valuation da empresa, que determinará quanto valerá sua empresa numa eventual venda ou na busca por um sócio investidor, observa rigorosamente duas variáveis: investimentos e pagamento de dividendos. 

Investidores não compram empresas que não geram caixa. Também não gostam de empresas sem estratégia, ou seja, que geram caixa mas não investem em absolutamente nada para continuar prosperando. Apenas sugam os dividendos, até a última gota. 

O volume de geração de caixa acompanhado de um planejamento estratégico compreensível gera um ciclo virtuoso de investimentos que cria novas competências essenciais para a empresa com impacto exponencial na margem ebitda. A margem ebitda significa que: 

  1. A empresa está gerando caixa exponencialmente. O percentual de geração de caixa relativo ao faturamento é cada vez maior.
  2. A empresa, o empreendimento, está valendo cada vez mais. Quanto maior a margem ebitda, maior será o multiplicador ( múltiplo ) pedido no valuation no caso de uma oportunidade de venda.

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