Qual o impacto quando a empresa opera sem orçamento definido para o ano fiscal?

Empresas geralmente confundem gestão financeira com tesouraria. De forma errada elegem como gestor financeiro um supervisor do contas a pagar e receber.   Por serem competências absolutamente distintas, geram um tipo de erro que é mortal e por isso deve-se diagnosticar rapidamente para que seja corrigido com urgência.  A constatação que leva ao diagnóstico é […]

Empresas geralmente confundem gestão financeira com tesouraria. De forma errada elegem como gestor financeiro um supervisor do contas a pagar e receber.  

Por serem competências absolutamente distintas, geram um tipo de erro que é mortal e por isso deve-se diagnosticar rapidamente para que seja corrigido com urgência. 

A constatação que leva ao diagnóstico é que em 100% dos casos, esse tipo de gestor não faz a mais básica da gestão do fluxo de caixa. 

Invariavelmente, como consequência, entra em pânico quando não há dinheiro para pagar as contas do dia. 

O orçamento é um exercício contínuo com objetivo de alcançar a previsibilidade. Sua revisão deverá ser sistemática, mensal, para garantir que o EBITDA combinado seja construído mês a mês ao longo do ano fiscal. 

Cada revisão deverá observar os resultados realizados comparando com o orçado.  

A empresa sem orçamento: 

  1. Apenas paga as contas das despesas que foram contratadas sem provisão. A falta de dinheiro sempre servirá de desculpas para o gestor financeiro incompetente que não soube dimensionar o capital de giro, nem compatibilizar o fluxo de caixa. 
  2. Por não conseguir mensurar sua exigência de capital de giro, a empresa quebra !  Pior… quebra quando está em crescimento criando o efeito “tesoura” que gera insolvência, ou seja, o dinheiro para o pagamento das obrigações será necessário antes do recebimento do dinheiro da venda que foi financiada para o cliente.
  3. Calcular os ciclos operacional e financeiro é obrigatório para identificar preventivamente a necessidade de capital de giro para financiar a operação. 
  4. Capital de giro vira dívida. Quando não há gestão sobre a aplicação dos recursos do caixa, a empresa pega dinheiro novo para cobrir despesas e dividas. Esse dinheiro desaparece imediatamente. Nunca, em hipótese alguma, deixe seu financiamento sobre capital de giro virar dívida. Sua empresa entrará numa rota de insolvência de recuperação impossível.
  5. A empresa não observa, mês a mês, a construção do ebitda. Empresas sem orçamento são aquelas que seus donos falam em voz alta: – “Trabalho muito e não consigo ver a cor do dinheiro”.
  6. Os líderes das diversas áreas não criam uma atitude empreendedora. Não criam sentimento de dono.
  7. A empresa opera apenas de forma transacional. Não há engajamento entre as várias áreas que por não entenderem seu propósito, apenas executam suas rotinas.

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