Empresas geralmente confundem gestão financeira com tesouraria. De forma errada elegem como gestor financeiro um supervisor do contas a pagar e receber.
Por serem competências absolutamente distintas, geram um tipo de erro que é mortal e por isso deve-se diagnosticar rapidamente para que seja corrigido com urgência.
A constatação que leva ao diagnóstico é que em 100% dos casos, esse tipo de gestor não faz a mais básica da gestão do fluxo de caixa.
Invariavelmente, como consequência, entra em pânico quando não há dinheiro para pagar as contas do dia.
O orçamento é um exercício contínuo com objetivo de alcançar a previsibilidade. Sua revisão deverá ser sistemática, mensal, para garantir que o EBITDA combinado seja construído mês a mês ao longo do ano fiscal.
Cada revisão deverá observar os resultados realizados comparando com o orçado.
A empresa sem orçamento:
- Apenas paga as contas das despesas que foram contratadas sem provisão. A falta de dinheiro sempre servirá de desculpas para o gestor financeiro incompetente que não soube dimensionar o capital de giro, nem compatibilizar o fluxo de caixa.
- Por não conseguir mensurar sua exigência de capital de giro, a empresa quebra ! Pior… quebra quando está em crescimento criando o efeito “tesoura” que gera insolvência, ou seja, o dinheiro para o pagamento das obrigações será necessário antes do recebimento do dinheiro da venda que foi financiada para o cliente.
- Calcular os ciclos operacional e financeiro é obrigatório para identificar preventivamente a necessidade de capital de giro para financiar a operação.
- Capital de giro vira dívida. Quando não há gestão sobre a aplicação dos recursos do caixa, a empresa pega dinheiro novo para cobrir despesas e dividas. Esse dinheiro desaparece imediatamente. Nunca, em hipótese alguma, deixe seu financiamento sobre capital de giro virar dívida. Sua empresa entrará numa rota de insolvência de recuperação impossível.
- A empresa não observa, mês a mês, a construção do ebitda. Empresas sem orçamento são aquelas que seus donos falam em voz alta: – “Trabalho muito e não consigo ver a cor do dinheiro”.
- Os líderes das diversas áreas não criam uma atitude empreendedora. Não criam sentimento de dono.
- A empresa opera apenas de forma transacional. Não há engajamento entre as várias áreas que por não entenderem seu propósito, apenas executam suas rotinas.